sexta-feira, 2 de junho de 2017

Mulher Maravilha | CRÍTICA

Um dos filmes, talvez O filme, mais aguardado do ano finalmente estreou nesta quinta feira, 1 e já levou diversos fãs e interessados para as salas de cinemas para assistir ao ótimo "Mulher Maravilha". Com direção de Patty Jenkis o filme veio e já recebeu diversas críticas positivas e algumas afirmando serem o melhor de super herói da DC até agora, o que concordo em gênero número e grau. Quem dá vida a famosa personagem é a israelense Gal Gadot, que possui poucos filmes em seu currículo mas que veio para mostrar que não existe outra atriz que possa ser Diana Prince. 


Em "Mulher Maravilha"acompanhamos a origem da heroína, desde a sua infância na paradisíaca Themyscira, ou como também é conhecida Ilha Paraíso a terra das guerreiras Amazonas até sua jornada no mundo dos homens. A história é contada como um flashback de Diana logo após os acontecimentos de Batman vs. Superman, quando recebe uma foto do homem morcego que retrata seu passado depois que deixou a ilha das amazonas. 

Vemos seu crescimento em meio a super proteção de sua mãe Hipólita, o começo de seu treinamento como guerreira por sua tia Antiope e a chegada de Steve Trevor na ilha. A mãe de Diana lhe conta pouco de sua história, com medo de algo ruim acontecer com Prince, por isso o conhecimento dela é um pouco restrito, apenas sabendo que foi moldada por Hipólita e gerada pelo sopor por Zeus e que as amazonas treinam aguardando o retorno do grande Deus da Guerra, Ares para que ele possa ser derrotado de uma vez por todas. Mas com a chegado do piloto Diana enxerga uma oportunidade de ir para guerra e ficar cara a cara com Ares, derrotá-lo e acabar com a guerra que assola o mundo dos homens. 


Assistindo ao filme muitas cenas da animação lançada em 2009 me veio a cabeça e tentava traçar suas diferenças, positivas na maioria das vezes. Eu gostei do fato de inserirem o mundo de guerra de uma forma interessante e condizente que encaixe com o propósito da missão principal da protagonista. A principio, o comportamento dos personagens masculinos é normal apara a época em que vivem, não acreditando que uma mulher é capaz de fazer o que um homem faz ou de ir para a guerra, mas a medida que nossa heroína mostra para o que veio é admirável a mudança de pensamento deles de colocarem suas vidas nas mãos dela, de a seguirem e acreditarem em seu potencial. Diana se vê de igual para igual perante um homem e hora nenhuma se submete ou se mostra frágil na frente de seus oponente. 

Agora precisamos falar sobre as cenas de batalha que são de tirar o fôlego, principalmente as cenas que envolvem diretamente a Mulher Maravilha e o treinamento na ilha, os efeitos apresentados estão na medida certa e não cansam quem está assistindo. Acredito que pelo fato de a fotografia ser ótima e os cenários com cores mais claras ajudam bastante a experiência do público. É de arrepiar os cabelinhos dos braços ao ouvir a música tema da heroína em suas cenas de ação, recorda muito as animações em que a personagem está presente. 

Preciso dar um espaço para falar sobre a diretora do longa, Patty Jenkis que entrega um trabalho magnífico, provando que uma mulher consegue sim fazer um filme de super herói de qualidade e muito melhor que outros filmes do gênero já lançados. Ela consegue fazer um filme leve, trazendo uma mensagem positiva mesmo no período em que se passa. O trabalho de Jenkis é admirável com a não sexualização da personagem ou colocada em situações sexualizadas, tanto em suas lutas quanto em seu traje. E precisamos nos atentar ao fato de que, mesmo sendo curto ele perdeu o ar de collant e ganhou um "quê" de armadura da personagem, outro ponto positivo do longa. 


Vamos falar sobre as atuações agora, que também são impecáveis e junto com o trabalho de Jenkis resulta em um filme ótimo de assistir e admirar. Começando com Gal Gadot, bastante criticada quando foi anunciada como Diana Prince, nos mostrou que não brincou nos treinamentos para viver a personagem e a incorporou de um jeito que nos dá a impressão de que nenhuma atriz conseguira realizar esse feito. Ela entrega uma postura e o ar de ingenuidade na medida que a personagem pede. Chris Pine está bom em seu papel de Steve Trevor e conseguiu entregar um trabalho que ofusca a importância do papel principal que está com Gadot. Em meio ao ambiente de guerras, batalhas e lutas o alívio cômico do filme fica por conta dos companheiros de guerra de Trevor e da famosa Etta Candy. Preciso destacar as atuações de Connie Nielsen e Robin Wright, a Hipólita e Antiope respectivamente, que encarnaram guerreiras amazonas impecáveis. 

Enfim, após tantos anos de espera a estreia do filme mais aguardado mostrou que não perdeu o significado da heroína, que transmite inspiração, força, justiça e acima de tudo a força feminina e o espelho para muitas mulheres, e homens também, mas principalmente para as mulheres. A representação da personagem no filme foi perfeita e conseguiu manter as características que foram construídas ao longo dos 75 anos de vida da Mulher Maravilha. Assistam ao filme, apenas digo isso. 

Avaliação: 5/5